sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

# 2 - Gossip: a publicidade mais ousada de sempre

Bom dia e boa sexta!
Terminamos a semana a falar de publicidade. Isto porque, não sei se têm conhecimento, mas muitas campanhas de moda foram banidas ou retiradas posteriormente de vários países pela polémica que causaram, pelo sentimento que despertaram nas pessoas, pela indignação que geraram. E se até posso concordar que algumas eram demasiado "à frente" para o seu tempo, outras não entendo bem... Mas vou-vos mostrar do que é que estou a falar:


Esta fotografia foi usada na campanha da Yves Saint Laurent, em 1971. Ela retrata o próprio YSL, em pose e completamente nu, a publicitar o seu novo primeiro perfume "Pour Homme". É compreensível que, em 71, ainda não houvesse grande abertura para estes nus artísticos em cartazes na rua ou posters nas revistas...


Passado uns anos, em 1980, a Calvin Klein apresenta esta foto da Brooke Shields, a menina bonita do filme "A Lagoa Azul". À primeira vista, não se vê qual é o problema desta campanha, certo? Acho que o problema surgiu quando a, então, adolescente disse ao mundo que não existia absolutamente nada entre ela e os seus jeans. Apesar de, atualmente, não parecer haver alguma problema em insinuar que não se tem roupa interior, naquela altura o anúncio foi considerado impróprio e banido da CBS e ABC.


E cá temos mais uma campanha da Calvin Klein, em 1992, que mostrava uma jovem Kate Moss (só tinha 17 anos), em topless, ao lado de Mark Wahlberg. Parece-me óbio porque é que estas imagens causaram polémica pelos 4 cantos do Mundo. E a modelo veio, posteriormente, dizer que o ator a deixou tão desconfortável que lhe terá provocado um esgotamento nervoso... E agora mostra-se umas mamocas por dá-cá-aquela-palha...


Voltamos a Yves Saint Laurent, que também é um habitué nestas coisas polémicas... Este anúncio ao perfume "Opium", publicitado em 2000, recebeu mais de 900 queixas, sendo considerado um dos mais polémicos de sempre! As coisas mudaram muuuuuito em 19 anos...


A American Apparel é uma marca que é especialmente conhecida por ter anúncios ofensivos ou, vá, arrojados. As fotografias sugestivas, sem, na verdade, mostrarem nada de mais, são já a imagem de marca. E esta, em particular, é uma das mais polémicas da sua história... Não percebo bem toda a indignação, mas ok...


Ora, aqui está um anúncio em que eu percebo o porquê de ser polémico. A marca é a Sisley, estamos no ano de 2001 e o fotógrafo é o Terry Richardson, o que, só por si, já faz prometer algo fora do normal. A campanha, chamada "Farming", retrata a modelo a beber leite diretamente da vaca. Ora, não só o olhar dela é bastante sugestivo, como a frase "Hungry for love" contribuíram para o cariz ofensivo que muito viram na campanha... Esta era agressiva!


A Gucci é outra das grandes marcas de luxo conhecida pelas suas campanhas arrojadas. Esta, de 2003, foi fotografa por Mário Testino e mostra uma modelo com um G (a inicial da marca) depilado na zona púbica. Apesar de ter sido banida de vários países, é hoje uma das campanhas mais icónicas da marca. Atualmente já existe o vajazzling, por isso, se fosse em 2019, aquele G era coberto em cristais Swarovski e já não haveria problema! 😂


Estávamos em 2007 quando foi publicado esta anúncio da Tom Ford. Itália foi o primeiro país a banir esta imagem, fotografada por quem? Acertaram, Terry Richardson! Havia também uma imagem em que o frasco de perfume estava colocado entre as pernas da modelo, o que levou à indignação e à apresentação de queixas. O anúncio foi retirado em vários países.


Outra imagem polémica foi esta que a Dolce & Gabbana decidiu usar na sua campanha em 2007. O grande problema reside no facto de a fotografia parecer retratar uma mulher indefesa face ao ataque de um grupo de homens e à sugestão de abuso sexual que a foto provoca. A malta não gostou e o anúncio foi alvo de muitas críticas.


As campanhas de moda adoram ser polémicas, pois pretendem ser faladas. E quando é esse o objetivo, quem é que contratam? Certo, mais uma vez: Terry Richardson! Esta fotografia em particular levou a opinião pública a acusar a marca de querer promover o consumo de substâncias ilícitas... Elas não estão com bom ar, não...


Outra marca que tem um ADN irreverente é a Diesel. Em 2010 lançaram a campanha "Be Stupid", na qual retratava jovens a fazer coisas pouco aconselháveis ou aceitáveis. O objetivo, claro, era levar os adolescentes (que gostam pouco de seguir regras) a comprar a marca. As imagens não foram banidas, mas foram consideradas sensacionalistas, desnecessárias e provocatórias.


A Marc Jacobs lançou, em 2011, o perfume "Lola" e escolheu, como protagonista da sua campanha, a atriz Dakota Fanning, na altura com 16 anos. Esta espécie de homenagem à Lolita valeu-lhe a proibição de ser exibida em Inglaterra, depois do U.K.'s Advertising Standards Authority ter classificado o anúncio como "sexualmente provocativo". Sim, é um pouco errado o facto de ela ter 16 anos e ter colocado o perfume, que, por acaso (sim, de certeza que não foi pensado 😏), é uma flor, entre as pernas... Ah espera, já percebi porque foi banido...


Estávamos em 2011 quando a Miu Miu lançou esta campanha em que Hailee Steinfeld, de 14 anos, era protagonista. O que nos pode parecer uma fotografia inocente foi considerada como um elogio ao suicídio, dado que a cantora está sentada numa linha de comboio, claramente, à espera que ele passe para se matar... Pelo menos foi assim que as autoridades britânica o interpretaram, o que levou, mais uma vez, à proibição da sua exibição. Um bocado forçado, não?


A Benetton é uma das marcas com a publicidade mais conhecida e polémica de sempre. Nesta campanha, de 2011, a marca divulgou vários beijos entre líderes religiosos e políticos. Na imagem, claramente manipulada, podemos ver Obama e Hugo Chaves num beijo apaixonado. A mensagem é forte e apela à paz e à união entre os países! Espero que não tenha sido banida de lado nenhum...

E assim nos despedimos!
Bom fim de semana, malta! Até segunda***

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