6.ª Avenida: #26 - Diário de Bordo: Malibu e Santa Mónica (dia 7)

Olá minha gente!

Antes de mais, parabéns para mim que faço 3 anos de casada hoje 😁🎈🎉🎊🎂 É verdade, já lá vão 3 anos interinhos... Mas até parece que foi ontem!

Aniversários à parte, hoje estou aqui para falar de mais um trecho da viagem que fizemos na Califórnia, mais concretamente de Malibu e Santa Mónica. Vamos lá!

Quando saímos de Santa Bárbara o primeiro destino era Malibu. Tinha bastante curiosidade com toda esta parte mais a sul, pois faz parte do nosso imaginário graças às várias série e filmes aqui realizados. Confesso, portanto, que as expectativas estavam elevadas. Dito isto, tenho a dizer que fiquei um pouco desiludida. Para quem já viajou para vários países com praias maravilhosas, as praias da Califórnia são muito normais. Areais grandes, água bastante agradável, mas não são aquela coisa paradisíaca. Como já vos tinha dito ontem, têm ondas, nem sempre estão particularmente limpas, há vento e o mar é bem agreste.

Malibu tem, ainda, outro problema. Muitos dos acessos à praia são privados. É um ótimo sítio para se ter uma casa de férias e poder usufruir de um pedacinho da praia só para eles. Só conseguimos entrar numa das praias através do acesso ao Pier, onde fomos passear e tirar umas fotos. Também foi uma experiência muito engraçada porque ficamos por baixo do pontão, o que me fez lembrar a série Baywatch, onde todo o mal que acontecia era debaixo dos pontões. Mas nada temam, é muito tranquilo.

Pela primeira vez nas férias conseguimos ir dar um mergulho. Estava muito calor e a água estava ótima. Um pouco revolta demais para o meu gosto, a puxar um bocadinho, mas nada que não se aguentasse. O sol queimava bastante e sabia tão bem... O dia estava fantástico e passamos um bom bocado ali em Malibu. Mas não podíamos ficar por ali, tínhamos que continuar até Santa Mónica e, depois, até Los Angeles, onde íamos pernoitar.

A viagem é curta e acabamos a almoçar no Santa Mónica Pier, um dos pontões mais famosos do Mundo, no Bubba Gump. Para quem não conhece, este é o restaurante inspirado no filme Forrest Gump, onde podem comer camarão de várias maneiras, entre outras coisas. Eu, como adoro camarão, adoro o Bubba Gump! 😂 E este é o original, o primeiro a abrir em todo o mundo, em 1996. Outra coisa gira que aconteceu: quando lá entrei, uma rapariga que ia a passar parou de propósito para me dizer que gostava muito da minha t-shirt! Assim, do nada! Foi super simpática, não estava nada à espera, pois não é algo que se faça aqui na Europa, mas já em Miami me tinham feito a mesma coisa. Conclusão: só tenho roupa espetacular 😂

Continuando, o pier estava cheeeio de gente, muita animação, tem vários restaurantes e cafés, lojas de souvenirs, artistas de rua e, claro, um parque de diversões. É, efetivamente, um local a não perder quando visitam a Califórnia. Tínhamos pensado em ficar lá a dormir, durante a nossa estadia em Los Angeles, mas não havia muitos hotéis disponíveis naquela zona e os que tinham vagas eram escandalosamente caros.

A praia de Santa Mónica era basicamente conforme descrevi a generalidade das praias da Califórnia e tinha as cabaninhas dos nadadores salvadores, tal e qual se via na série. De um dos lados do Pier temos a Muscle Beach, uma praia que tem uma espécie de ginásio ao ar livre. Pudemos ver várias pessoas a fazer acrobacias, exercícios de força e equilíbrio, a demonstrar todos os seus dotes atléticos enquanto torravam ao sol. Reza a lenda que foi naquela praia que descobriram o Arnold Schwarzenegger e que, a partir daí, se tornou numa estrela de Hollywood. Por esse motivo, acho que ainda muita gente vai para lá demonstrar tudo o que consegue fazer, na esperança de vir a ser descoberto.

No início pensámos em ir jantar a Venice Beach, que fica um pouco mais à frente, mas depois mudamos de ideias. A praia tem uma espécie de calçadão, o que impede os carros de circularem pela marginal. Daí que seja obrigatório andar pelas ruas interiores. Os parques de estacionamento em Los Angeles são inacreditavelmente caros. Estamos a falar de preços entre os 20 e 30 dólares... Para além disso, o ambiente nas ruas interiores de Venice era só assustador. Por exemplo, uns senhores, negros, enormes, que estavam a atravessar a estrada, pararam no meio da rua e não nos queriam deixar passar (de carro), enquanto nos olhavam com um ar ameaçador e de desafio. Felizmente um deles desistiu e saiu da frente e conseguimos contornar o outro e seguir caminho, mas quase tememos pela nossa vida. Encostamos lá num beco só para confirmar se valia a pena ficar por ali, ou não, e o ambiente que vimos não nos convenceu.

Dado que também não tínhamos encontrado nenhum estacionamento gratuito, decidimos sair daquela zona e ir para o hotel. Tanto Santa Mónica como Venice já pertencem a Los Angeles, mas daí até à cidade propriamente dita ainda são uns bom quilómetros. Los Angeles é enooorme e é praticamente impossível deslocaram-se sem carro, tendo em conta as distâncias entre as coisas. Não é difícil de conduzir, porque está tudo dividido em quarteirões e, portanto, se não viram numa rua, viram na próxima e vai tudo dar mais ou menos ao mesmo sítio. Mas o trânsito é uma loucura e sente-se mais a poluição da cidade.

Ficamos num hotel muito bom, chamado The Orlando Hotel, numa ótima zona da cidade, entre West Hollywood e Beverly Hills. Acho que é muito importante escolher uma boa localização em Los Angeles, porque o que é mau, é mesmo muito mau. Esta é a minha sugestão, numa destas duas zonas ficarão bem localizados, ainda que tenham que pagar mais um pouco pelos hotéis. Porque estarão tranquilos, quer para passear à noite a pé, quer para deixar o carro estacionado na rua. Mas de Los Angeles falamos amanhã, porque há muita coisa para contar 😉