6.ª Avenida: #24 - Diário de Bordo: Carmel by the Sea e Big Sur (dia 5)

Bom dia, minha gente!

Que tal correu o fim de semana? Esteve um calor incrível... Parece que o Verão não se quer ir embora, apesar de já termos entrado no Outono. E ainda bem! Sempre dá para aproveitar mais um pouco das coisas boas que o sol e o calor nos trazem. Por aqui continuamos focados em contar-vos tudo sobre a nossa viagem pela Califórnia. Continuamos a nossa road trip? Bora lá, então!

O quinto dia começou em Carmel by the Sea. Como chegamos à noite e apenas fomos jantar, não vimos praticamente nada desta vilazinha no dia da chegada. Por isso reservamos algumas horas da manhã para poder conhecê-la. Já na noite anterior tínhamos percebido que era um lugar caro, mas o que vimos no dia seguinte justificou um pouco o estilo de vida daquele local. Quando saímos do hotel vimos vários automóveis, com um especial bom aspeto, a tentarem entrar na rua principal e percebemos que havia toda uma concentração de carros de coleção nessa avenida. Primeiro pensámos que era só uma exposição, mas depois percebemos que eles estavam à venda... Dos mais clássicos aos mais atuais, aquele era o spot mais desejado da Califórnia para os amantes das quatro rodas. O ambiente que se vivia ali era super engraçado, mas percebemos que devíamos ser as pessoas mais novas em toda aquela vila. Aquilo era um paraíso para americanos e europeus ricos, que gostam de carros, de comer e beber bem. As lojas vendiam marcas caras e tudo ali gritava "dinheiro". Antes de deixarmos Carmel ainda fomos visitar a Mission, tal como havia em São Francisco, e depois fizemo-nos à estrada.

O que nos esperava nesse dia era o pedaço mais bonito do caminho, o Big Sur. Pelo menos assim é descrito em todo o lado. E corresponde à verdade. Pontes que ligam as montanhas, escarpas verdes com o mar lá em baixo, a costa recortada de encontro ao céu azul, tudo é bonito naquela zona. Há vários pontos de paragem pelo caminho, uns que são "obrigatórios", outros que nem tanto.

As pontes Rocky Creek e Bixby Creek são duas das imagens mais clássicas do Big Sur e merecem uma paragem, sem dúvida. O ponto seguinte é o Hurricane Point, pouco depois da Bixby Creek Bridge, one se conseguem fotografia inacreditáveis da paisagem. Mais uma vez, mesmo que não levem um roteiro feito, percebem pela quantidade de carros estacionados que têm que fazer ali uma paragem. Mas não se assustem, não são assim multidões tãos grandes. Como vão poder ver, temos fotografias completamente sozinhos.

No caminho encontramos o Point Sur Light Station, um rochedo gigante com um farol no topo. É possível visitá-lo apenas às quartas, sábados e domingos e através de visitas guiadas. Não fizemos a visita, mas vela a pena a vista. O Pfeiffer Big Sur State Park é um parque natural que não visitamos, mas onde podem acampar, fazer trilhos, descansar, explorar a natureza. Seguindo sempre para sul, encontram a Pfeiffer Beach, uma praia cujo acesso custa 10 dólares, por carro, e onde não conseguimos entrar por estar lotada. Tínhamos que esperar uma meia hora, por isso decidimos seguir caminho...

Neste caminho há alturas em que deixámos a costa e embrenhamo-nos quase pelo meio da floresta. Árvores verdes e enormes ladeiam os dois lados da estrada. Paramos numa espécie de estação de serviço, que também tinha um pequeno alojamento, piscina e café. Dentro de um riacho colocaram umas cadeiras para poderem estar dentro de água a beber uma bebida refrescante. O sítio chamava-se River Inn e era muito fofinho. Foi uma bela paragem, inesperada e muito bonita.

Outras das paragens obrigatória é no Julia Pfeiffer Burns State Park. Como não tínhamos possibilidade de passar lá muito tempo focámo-nos no que queríamos ver: uma queda de água em plena praia. Infelizmente não conseguimos aceder ao areal, mas há um miradouro a partir do qual conseguem ver esta maravilha da natureza e tirar umas fotos para mais tarde recordar! Almoçamos pelo caminho (não há muitas opções), num restaurante chamado Nephente, que tinha umas vistas inacreditáveis. Peçam uma sanduíche ou um hambúrguer. Se conseguirem fiquem na esplanada, não se vão arrepender.

Continuamos o caminho e paramos para ver a Big Creek Bridge no Gamboa Point, um miradouro através do qual se consegue admirar a construção (ponte) e a paisagem recortada. Antes de chegar a San Simeon há um sítio especial para ver os leões marinhos na praia. Tem um bom estacionamento e percebem que se passa ali alguma coisa, por isso parem. Eles são imensos! E enormes! E não muito bem cheirosos... 😂 San Simeon tem um castelo muito famoso, o castelo de Hearst, que não visitámos, dado que fica um pouco afastado da autoestrada e custa 25 dólares por visita.

Fizemos um pequeno desvio até Cambria, que, confesso, não vale a pena, mas vinha mencionada em todos os roteiros. Tem um casa muito famosa, chamada Nit wit Ridge, construída com vários materiais orgânicos e outros nem tanto, mas é só demasiado assustadora. Não percam tempo com isto e sigam! O último ponto do caminho, antes de chegar a San Luis Obispo é Morro Bay. Tem este nome devido a uma rocha vulcânica gigantesca (a Morro Rock) que fica dentro do mar. A paisagem é lindíssima e vêem-se as primeiras palmeiras no caminho. É bastante entusiasmante pois percebemos que estamos a chegar perto de Los Angeles.

Pernoitamos em San Luis Obispo e, tal como na estadia anterior, chegamos lá ao final do dia. Por isso a visita à cidade ficou para o dia seguinte. Jantamos numa espécie de sports bar muito engraçado, com cervejas próprias e sandes de porco inacreditáveis, que nos foi recomendado pelo rececionista do nosso motel (sim, um daqueles em que se estaciona o carro mesmo em frente à porta!). As pessoas são super simpáticas, super prestáveis, um amor, mesmo! Fiquem mega fã dos californianos no geral!