segunda-feira, 11 de julho de 2016

Obrigada Portugal!

PORTUGAL!! PORTUGAL!!
Hoje não vos conseguia falar de outra coisa, obviamente. Ninguém quer saber o que é que se vai usar na próxima estação, só queremos saber quando chega o Caneco a terras lusas!
Depois de um fim de semana (que, para mim, começou na 5.ª feira) em grande no Alive, cheio de bons concertos, tardes ao sol, noites a curtir, quilómetros percorridos e ouvidos cheios, eis que chega o Domingo em clara apoteose...
Tinha um batizado de manhã, por isso, sábado saímos de Lisboa às 2h da madrugada e eram 5h quando deitamos a cara na almofada. Menos de 5h depois tínhamos passado de jagunços sujos de pó e cerveja, a convidados cheios de estilo. E ainda havia um jogo para ver...
Saímos do batizado, passamos no carro para trocar de roupa (de volta aos jagunços, entenda-se...) e rumamos à Avenida dos Aliados. Precisávamos do calor humano para apagar o sono e partilhar os abraços e as lágrimas, só não sabíamos se seriam de tristeza ou de felicidade. Aliás, eu posso dizer que sou das que SEMPRE acreditou. Quando passamos a fase de grupos daquela forma "fraquinha", não sei porquê mas tinha a certeza que íamos à final. A crença na vitória é sempre mais duvidosa mas estava lá.
Duas horas depois, com o rabo já quadrado, eis que surge o apito inicial e vemos um Portugal meio atabalhoado a tentar tirar a bola aos franceses que pareciam mais e melhor. Aquele Payet que será para sempre odiado (é melhor nunca meter cá os pés porque se o descobrem matam-no...) acaba com as esperanças dos mais crédulos. Ronaldo está fora. Quem não se emocionou naquele momento? Quem não pensou no que aquele rapaz estaria a sofrer, a desilusão estampada no rosto? Quem, de nós, não daria um joelho para que ele continuasse...? Nesse momento só pensei: "lindo, lindo, era ganharmos isto mesmo sem o Ronaldo e calar toda a gente"... Mal sabia eu (ou, na verdade, sabia...)!
O jogo foi-se arrastando, chegando a provocar bocejos a Luís Figo que, sentado na bancada, não escondeu o seu aborrecimento. Estamos a chegar ao fim do tempo regulamentar. Renato Sanches sai. Ok, a verdade é que, desta vez, não lhe estava a sair nada de jeito. Entra Éder. Entra Éder!? Como assim??! Confesso que aí sim, tive tantas dúvidas. Mais do que quando o Ronaldo saiu. Aí pensei, ok, fica difícil mas nós somos capazes. Quando o Éder entrou, levei as mãos à cabeça, como a maior parte da malta espalhada pelos Aliados abaixo. Olhos postos no chão, corações apertados, fé em cheque. Será? O poste ajuda-nos a passar ao prolongamento e pensamos que já só parámos nos penalties. O meu coração não aguenta... E não é que, vindo do nada, Éder marca um golão! Foi golo?! GGGOOOOLLLLOOO! Quem marcou? Nem consegui ver direito... foi o Éder?! WWhhhaaaaaattt? Que alinhamento cósmico aconteceu aqui?! Isso costuma ser ao contrário! Levamos porrada, tentamos e tentamos e tentamos e as coisas boas escapam-nos sempre por entre os dedos. Mas desta vez não. Agora está aqui, está perto, já o cheiramos, não o podemos deixar fugir. Cada lançamento a favor de Portugal, cada pontapé de baliza (e não de canto), cada fora de jogo francês, cada falta, tudo era festejado como se de mais um golo se tratasse... Está quase... As pessoas estão de pé. Já ninguém se quer sentar, está tudo demasiado histérico, incrédulo e sorridente. Fazemos contagem decrescente para o fim do prolongamento, tá quase, tá quase, tá quase... ACABOU! 
Nós ganhamos! Nós ganhamos!!? O que se passa??! PORTUGAL É CAMPEÃO DA EUROPA! Não pode, não acredito... a loucura! Todos se abraçam, todos choram, todos riem, todos dançam, todos aplaudem. O cansaço que sentíamos desapareceu, as horas mal dormidas não se fizeram sentir, a adrenalina disparou e todos nos sentimos irmãos, unidos, um só povo, um só coração.
Sim, é só futebol, mas a sensação de dar cabo dos franceses à maravilhosa!!!

Obrigada Seleção! Foi ÉPICO!

Foto retirada do Facebook oficial UEFA EURO 2016

Sem comentários:

Enviar um comentário

Pin It button on image hover