segunda-feira, 7 de outubro de 2019

# 40 - Diário de Bordo: Viena (Áustria)

Bom dia alegria!
Começamos a semana a falar de uma das coisas que mais gosto de fazer da vida (parece-me que vocês já imaginavam, certo? 😊): viajar! No passado fim de semana fomos até Viena festejar o nosso 4.º aniversário de casamento. Querem saber tudo o que fizemos por lá? Então, venham connosco neste novo episódio do Diário de Bordo!

Chegamos a Viena por volta do meio dia e meio. Do aeroporto até ao centro da cidade (cerca de 20km) existem várias opções (taxi, vários tipos de comboio, shuttles, autocarro...). Nós escolhemos o comboio "local", denominado S-Bahn, que demora cerca de 20 minutos a chegar à estação Landstrasse/Wien Mitte e pagamos € 2,20 cada um. Há outra opção de comboio, ligeiramente mais rápido (16 minutos), chamado CAT (City Airport Train) que não faz quaisquer paragens até à mesma estação central, mas custa € 17,00 (ida e volta, acho eu). O S-Banh (têm que apanhar o S7) é bastante confortável, rápido, limpo e confesso que não percebo a diferença de preços tão grande. Se fosse hoje voltava, obviamente, a fazer a mesma escolha.

Desta vez, ficamos alojados num Airbnb que era simplesmente espetacular (aqui). A casa ficava na zona de Servitenviertel, uma zona luxuosa e calma, que apreciamos bastante. Tinha sido construída em 1905 e está totalmente recuperada. Adoramos mesmo. Ficava a 3 estações de metro de distância do centro e a uns 200 metros da estação de Rossauer Lände. Perto tinha dois supermercados, restaurantes e cafés e também tinha acesso de elétrico a uns 500 metros. Perfeito! Para nos deslocarmos compramos o bilhete de 72 horas (€ 17,00) e dava para andar nos transportes públicos quase todos.



Começamos a visita a Viena pela Catedral de Santo Estêvão, bem no centro da cidade, em Stephansplatz. De estilo gótico, esta catedral apresenta um telhado com azulejos que criam um mosaico de formas geométricas e a tornam única. Foi seriamente danificada na 2.ª Guerra Mundial, mas encontra-se atualmente em perfeitas condições. É possível subir a uma das torres, mas, como já era final do dia, não podíamos subir. De qualquer forma, vale muito a visita e é o ponto chave da cidade. No resto do dia, aproveitamos apenas para passear, perceber onde é que ficavam as coisas e fomos dormir cedo, não só porque o nosso voo saiu do Porto às 6h00, mas também porque queríamos começar o dia seguinte bem cedo.

E assim foi. A primeira paragem foi num dos palácios de Viena, o famoso Schönbrunn Palace, a residência de verão da família imperial austríaca até ao final da 2.ª Guerra Mundial. Como queríamos ir ao Zoo que lá existe, o mais antigo do Mundo, escolhemos o bilhete combinado do palácio com o jardim zoológico, que ficou a € 40,00 (mas há muitas opções diferentes, consoante o que pretendem ver). A visita ao palácio tem hora marcada (quando compram o bilhete, lá diz a hora da vossa visita) e têm mesmo que ser pontuais, senão podem perder a visita e o dinheiro do bilhete não é reembolsável... Não arrisquem! Infelizmente não é permitido tirar fotografias, por isso não tenho muito para vos mostrar... têm mesmo que lá ir! 

Almoçamos por lá, no café perto do zoo e foi muito agradável e mais barato do que a outra opção, que era um restaurante mesmo na entrada, do lado esquerdo. Os jardins deste palácio são simplesmente incríveis! A extensão (160 hectares) é inacreditável... Com o bilhete que compramos pudemos explorar tudo e mais alguma coisa e, se mais tempo tivéssemos, mais teríamos visto. Passamos lá o dia, entre o Palácio, o Zoológico, a Estufa e os jardins e foi o meu dia preferido. Guardem um dia completo para o Schönbrunn, se quiserem visitar mesmo tudo. E nem sempre chega porque, por exemplo, quando chegamos à estufa, já não conseguimos entrar. Como é costume nesta parte da Europa, as coisas fecham relativamente cedo e por volta das 17h30/18h00 já não conseguem entrar em lado nenhum.

O zoo é muito engraçado, têm espécies giras e diferentes, como um urso polar, pinguins, pandas e, ao mesmo tempo, flamingos, por exemplo. Tivemos um bocadinho de azar porque o urso polar estava com calor e, por isso, não apareceu e os pandas também estavam a dormir à sombra, um pouco longe da nossa vista. Mas pronto, valeu a pena na mesma! Ah, nos jardins do palácio também têm um conjunto de labirintos que podem tentar fazer, são muito divertidos e nada fáceis! Andamos lá perdidos durante um bocadinho 😂

Depois de sairmos do palácio, ainda tentamos visitar Karlskirche, mas, como já passava das 18h00 não conseguimos. Tivemos que a ver só por fora e, ainda assim, vale a pena a vista. Voltamos lá no dia seguinte, mas como ia começar uma missa voltaram a não nos deixar entrar, por isso desistimos e não a conseguimos ver por dentro. Pelas fotos que vi o altar é muito bonito, daí que vos aconselho a, se conseguirem, visitá-la no interior.

Uma das coisas mais giras que também fizemos nestas mini-férias foi assistir a uma ópera. Como os bilhetes para a Ópera de Viena, não só esgotam com meses de antecedência, como começam nos € 150,00 (os mais fraquinhos e com pouca visibilidade), ficamos tristes por não poder assistir ao espetáculo mais famoso e característico de Viena. Mas, felizmente, como fomos lá em Setembro, ainda aproveitamos a época de Verão em que eles colocam um ecrã gigante cá fora, na parede lateral da ópera, e transmitem, em direto, o espetáculo que está a decorrer lá dentro. Não têm que pagar nada, mas se quiserem aproveitar uma das cadeiras disponíveis para o efeito, têm que ir para lá umas 2 horas antes. Nós escolhemos não ir, mas conseguimos ver perfeitamente sentadinhos no chão. Não estava muito frio e foi super giro. Vimos a ópera Salomé, que conta a história de São João Batista, mais concretamente da sua morte. 

O terceiro dia começou com uma visita a outro dos palácios, o Belvedere, que, na verdade, é mais um museu do que um palácio. Tem duas partes, a superior e a inferior. Como não tínhamos tempo de visitar ambas, escolhemos a superior, onde se situa o Salão de Mármore (Marmosaal), local em que foi assinado o Tratado do Estado da Áustria, que criou a Áustria moderna. É lindíssimo! Para além disso tem, também, uma coleção de um famoso pintor, Gustav Klimt, cujo quadro mais famoso é "O Beijo". Pensava que era bem mais pequeno e não, é enorme e lindíssimo! Quem me dera poder trazê-lo para casa...

Daí seguimos para o Hofburg, o palácio imperial, casa do museu da Princesa Sisi e da Escola Espanhola de Equitação. Se já me acompanham há algum tempo sabem que eu e os cavalos não nos damos bem. Por isso, obviamente, passei a parte da escola e fui só visitar o museu da Sisi e os "Imperial Apartments". Para quem gosta dos equídeos, parece que a Escola Espanhola é algo a não perder! Também aqui as fotografias eram proibidas, por isso não tenho muito a mostrar. De qualquer forma, ficamos a conhecer bem melhor a história da família real austríaca, mais concretamente da Princesa Sisi. A mulher era um ícone de beleza e teve o império a seus pés (mais depois de morrer do que enquanto foi viva...). Casou com o primo aos 16 anos, não ficou nada contente com isso, adoeceu, foi para a Madeira para se curar e voltou uma mulher nova! Tem piada perceber que, em 1850, mais ou menos, já havia mulheres a fazer dieta, desporto para ficarem magras, tratamentos de beleza e cuidados estéticos. Foi ela quem nos tramou e nos pôs os padrões lá em cima, já viram isto...!? Ai Sisi, se fosses gordinha, tínhamos a vida bem mais facilitada, agora... Obrigadinha!

Terminamos o dia no Secession Building, um edifício dedicado a um grupo de jovens artistas liderado pelo, já aqui mencionado, Gustav Klimt. É uma galeria de arte, onde podem encontra o chamado "Friso de Beethoven", feito por Klimt, em 1901, através do qual procurou homenagear aquele compositor e contar a história da sua Nona Sinfonia. Vale a pena a visita!

O último dia começou com uma ida à Ópera (Staatsoper). As visitas guiadas variam consoante o dia da semana e duram cerca de uma hora. Podem ver os horários aqui. Têm que chegar lá cerca de meia hora antes da visita que querem fazer para poderem comprar os bilhetes (€ 9,00) e juntar-se à visita pretendida (no dia em que lá fomos havia visitas em Inglês, Espanhol, Alemão e abriram a de Francês, porque estava mesmo muita gente). Gostei bastante desta visita, onde nos explicam como funciona a Ópera, o Baile de Debutantes, qual o orçamento, como é a mecânica dos espetáculos... Pudemos estar dentro do auditório e mesmo em cima do palco, a ver o que se passa nos bastidores. A escadaria principal é lindíssima e está ladeada de estátuas gigantes, frescos, espelhos e candelabros. A Sala do Chá é incrível e homenageia os grandes compositores de Ópera e Bailado. Naquele edifício (que tem um orçamento de 100 milhões de euros) há cerca de 50 óperas e 50 bailados por ano, em 360 dias, ou seja, só 5 dias por ano não há espetáculo. É um lugar incrível e que merece uma visita, se não puderem assistir a uma ópera ou ballet, pelo menos podem visitar o edifício nestas visitas guiadas.

Antes de almoço fomos ver a Hundertwasserhaus, um dos locais mais visitado de Viena. É um edifício multicolorido dos anos 80, ao estilo de Gaudi, com formas inusitadas, colunas desiguais e abóbadas encantadas. Parece algo saído de um conto para crianças, do mundo imaginário, não parece real. Mas é e vivem lá, nos seus 50 apartamentos, cerca de 200 pessoas. Antes de sairmos de Viena fomos ao Prater, uma espécie de parque da cidade com uma feira popular. Tem uma roda gigante super antiga, com um ar vintage delicioso, mas pouco mais. De resto, podia perfeitamente ser o Senhor de Matosinhos. Terminamos o dia a comer o bolo mais famoso da cidade, a Sachertort, um bolo de chocolate que os doceiros, como eu, vão gostar. Não foi o melhor bolo que já comi, mas era bom.

Voltamos, novamente, de comboio para o aeroporto (mais € 2,20) e dissemos adeus a Viena. Confesso que não fiquei estupidamente apaixonada pela cidade. É muito bonita, mas depois de ver outras por esse mundo fora, como, por exemplo São Petersburgo, achei que ficou um pouco aquém das minhas expectativas. Também não sou particularmente fã dos austríacos (tal como não sou fã dos alemães), porque não são propriamente simpáticos e não se esforçam grande coisa para nos compreender e ajudar. Mas gostei e acho que vale obviamente a pena. Levem é a carteira bem recheada, porque é uma cidade cara, com um nível de vida elevado, onde precisam de ter dinheiro para fazer a maior parte das coisas. Tudo se paga e não é pouco... 

Fiquem, agora, com algumas fotos que tiramos por lá!

Catedral de Santo Estêvão

Catedral de Santo Estêvão

Catedral de Santo Estêvão

Schönbrunn Palace

Schönbrunn Palace

Schönbrunn Palace

Schönbrunn Palace

Schönbrunn Palace

Pinguins no zoo do Schönbrunn Palace

Flamingos no zoo do Schönbrunn Palace

Labirintos no Schönbrunn Palace

Karlskirche

Ópera projetada no edifício

Belvedere Palace

Belvedere Palace

Marble Hall no Belvedere Palace

Jardins do Belvedere Palace

"O Beijo" de Gustav Klimt

Portão Suíço no Hofburg Palace

Hofburg Palace

Hofburg Palace

Secession Building

Friso de Beethoven, de Gustav Klimt, no Secession Building

Dentro da Ópera de Viena

Sala de Chá da Ópera de Viena

No palco da Ópera de Viena

No palco da Ópera de Viena

Escadaria da Ópera de Viena

Ópera de Viena

Ópera de Viena

Hundertwasserhaus

Hundertwasserhaus

Até amanhã***

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