Bom dia alegria!
Desta vez a semana, por aqui, começa à terça-feira. E começa bem, com a rubrica "Séries". Se não estão muito por dentro do que se passa, eu explico: a malta agora não vê mais nada, a não ser a Netflix, a HBO e afins, certo? Mas, depois há lá tanta coisa que nem sabemos para onde nos virar, certo? Muito bem, nesta rubrica venho dar-vos algumas sugestões de séries que já vi e que recomendo. E, claro, fico à espera das vossas sugestões, também.
A série de que vos quero falar hoje é da autoria de Ryan Murphy, o criador de sucessos como Glee, Nip Tuck, American Horror Story ou American Crime Story. Chama-se "The Politician" e é uma comédia levezinha, engraçada e divertida.
Começamos por falar no elenco que conta com dois nomes de peso: Gwyneth Paltrow (que dispensa apresentações) e Lucy Boynton (namorada de Rami Malek e seu par romântico no filme Bohemian Rhapsody). A primeira é a mãe da personagem principal, um desconhecido que se tem revelado um ator de mão cheia e um cantor fantástico, Ben Platt, e a segunda é a sua arqui-inimiga.
A história é simples: Payton Hobart (Ben Platt) é um menino rico da Califórnia, que desde os 7 anos sabe e sempre fez de tudo para se tornar Presidente dos Estados Unidos. Mas primeiro, até lá chegar, tem que sobreviver ao cenário político mais traiçoeiro de todos: a escola secundária!
A série inicia-se com a campanha de Payton para ser presidente da Associação de Estudantes. Rodeado da sua equipa de assessores que o prometem seguir até chegarem à Casa Branca, tudo parece estar encaminhado para o seu sucesso. Mas não vai ser exatamente assim... Ele tem concorrência e a sua inimiga n.º 1, Astrid (Lucy Boynton), não o vai deixar em paz!
É-nos, também, dado um pouco do backgound da personagem principal logo nos primeiros episódios: Payton foi adotado por uma família rica e a sua mãe (Gwyneth Paltrow) é louca por ele. Mas Payton quer subir na via por mérito próprio e não à custa da fortuna da família.
Ora, no fundo, "The Politician" é uma sátira política, um retrato do que é preciso fazer para ser político nos Estados Unidos. Apesar de se desenrolar, pelo menos nesta primeira temporada, dentro das portas do liceu, o ambiente escolar serve para que se perceba que, mesmo aí, as promessas e as ações que se tomam podem levar a consequências incontroláveis.
O que é que alguém está disposto a fazer para alcançar um objetivo? Até que ponto estamos dispostos a abdicar dos nossos princípios, a mentir, a enganar, a corromper, para chegar onde sonhamos? Não é só no mundo da política que estas questões se colocam, apesar de parecer que, neste âmbito, as coisas tomam proporções drásticas.
Ao longo da série, a personagem principal vai-se questionando se compensa, se todo o seu esforço, toda a sua conduta (nem sempre correta) e a forma como trata as pessoas pelo caminho, valem a pena para conseguir ter aquilo que quer. E faz-nos pensar também nas nossas ações, sonhos e ambições e o que temos feito para lá chegar. A transformação de Payton é uma das coisas mais giras da temporada.
Uma última nota para os aspetos visuais, como todos os cenários e o guarda-roupa incrível que vemos nesta série (quero tudoooo!). É um toque claro de Ryan Murphy, que também podemos ver em Glee, por exemplo, e ao qual não ficamos indiferentes. Ah e, claro, os momentos musicais (não há muitos), que demonstram o vozeirão de Ben Platt, bem ao estilo do produtor americano.
Se procuram uma série divertida e gira, para passar um bom bocado, sem enredos complexos, esta é uma ótima escolha. Fiquem com o trailer e depois diga-me o que acharam!
Boas séries!
Até amanhã***
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