terça-feira, 18 de junho de 2019

# 8 - Séries: The Society

Bom dia malta!
Hoje voltamos a falar de séries (agora que estrearam muitas das novas temporadas das séries que já andava a seguir e tenho milhões de episódios para ver...) e eu venho falar-vos de uma das últimas que vi: The Society. A primeira temporada está disponível na Netflix e, quem já viu, anseia desesperadamente pela segunda para tentar obter respostas...

A série retrata um grupo de adolescentes, no secundário, que, antes do ano terminar vai fazer uma visita de estudo. A meio do caminho a visita é cancelada por causa do mau tempo e os autocarros voltam para trás. Os adolescentes são deixados à porta da escola e os autocarros desaparecem. Rapidamente eles apercebem-se que ninguém os veio buscar e que os pais não atendem os telemóveis. Quando se começam a dirigir a casa constatam que estão sozinhos, que não há mais ninguém na cidade, que todas as entradas e saídas estão fechadas e que não conseguem falar como mundo exterior. 

A partir desse momento, as personagem percebem que terão que se organizar e construir uma sociedade do zero. Não há instituições, escola, polícia, não há adultos, não há qualquer tipo de controlo. É a parte mais interessante da série, perceber como é que as pessoas reagem a uma situação deste tipo, sobretudo sendo adolescentes.

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Em parte, podemos encontrar algumas semelhanças com a série Lost, na medida em que também eles ficam isolados do resto do mundo sem saber porquê, também eles têm que criar rotinas, arranjar comida, organizar-se em atividades, grupos e "instituições". O "porquê" do que lhes aconteceu também permanece um mistério durante toda a temporada e parece que se vai tornando mais irrelevante com o passar do tempo, apesar de manterem sempre essa questão em aberto e procurarem encontrar uma resposta. A série termina sem a alcançar e com uma abertura clara para a segunda temporada.

A grande batalha, aqui, é a do individualismo VS o coletivismo, o "eu" VS o "nos" e até que ponto as pessoas estão confortáveis para deixarem de ser o que são e de ter o que têm em prol da sociedade e de uma vida em comunhão.

A série foca todos os grandes desafios de uma sociedade (democracia, legitimidade, separação de poderes, religião, força policial, distribuição de riqueza, acesso a cuidados básicos, justiça) bem como os problemas normais de um adolescente (sexo, traição, homossexualidade, gravidez, violência no namoro), exponenciados pela liberdade total, pela falta de maturidade e, ao mesmo tempo, pela necessidade de assumir responsabilidades, mesmo quando não é nada disso que querem para a sua vida.

Apesar de ser algo levezinho, de adolescentes para adolescentes, achei o conceito bastante interessante. Numa clara referência ao "Deus das Moscas", é uma série gira e com a qual vale a pena perder algum tempo. Não é a melhor de sempre, mas é suficientemente boa para ser vista. Faz-nos questionar como é que reagiríamos no mesmo contexto e de que forma faríamos diferente. Deixo-vos com o trailer:


Quem já viu, o que achou? Se ainda não viram, espero que gostem. E se acharem que os dois primeiros episódio são um bocado seca, esperem até ao terceiro. E logo vêem se vale a pena continuar ou não 😉
Até amanhã***

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