quinta-feira, 6 de junho de 2019

# 7 - Séries: Chernobyl

Bom dia, malta!
Voltamos ao nosso segmento acerca das séries que por aí andam e que merecem ser vistas, na minha humilde opinião, claro! A maioria delas divide-se pelas duas plataformas de streaming disponíveis em Portugal, a Netflix e a HBO. Desta vez, vou falar-vos de mais um sucesso da produtora de Game of Thrones: a minissérie Chernobyl.


Tal como se percebe pelo nome da série, e certamente já ouviram falar dela, Chernobyl conta tudo acerca do desastre nuclear que ocorreu naquela cidade em 26 de abril de 1986. Os momentos que o antecederam, o que se passou depois, a resposta do país e o julgamento dos responsáveis. Não é 100% fiel à realidade, mas aparentemente anda mesmo muito próxima.
A história centra-se, essencialmente, em três personagens: os físicos nucleares soviéticos Ulana Khomyuk (Emily Watson) e Valery Legasov (Jared Harris) e o vice-primeiro-ministro soviético Boris Shcherbina (Stellan Skarsgård). São eles que vão tentar perceber o que aconteceu, porque é que aconteceu, como podem travar as suas consequências e, ainda, quem foram os responsáveis.

A parte, para mim, mais chocante é a resposta do estado soviético ao desastre. Se no início as suas consequências devastadoras foram ignoradas porque, queremos acreditar, se desconhecia todo o seu potencial (nunca tal antes teria acontecido), conforme a trama se vai desenrolando vamos percebendo que muito do que foi feito teve contornos políticos, as decisões tomadas visavam, acima de tudo, proteger a União Soviética de uma humilhação internacional e resguardar as suas falhas. Tal como é dito num dos episódios "O nosso poder vem da perceção do nosso poder" e isso não podia ser posto em causa... E, por causa disso, milhares de pessoas morreram e os efeitos do acidente nuclear sentir-se-ão por vários milhares de anos.

Composta apenas por 5 episódios e 33 anos após o acidente, esta minissérie é capaz de nos fazer sentir a radiação entrar nos ossos, ainda que estejamos confortavelmente sentados no sofá lá de casa. O desconforto físico que provoca é impressionante e só prova a qualidade da série. É perturbador, por um lado, perceber que aquelas pessoas não sabiam o que lhes estava a acontecer, nem tinham qualquer perceção da gravidade do desastre e não foram ajudadas convenientemente. Por outro lado, faz-nos pensar que há muitas centrais nucleares espalhadas pelo mundo fora, como, por exemplo, aqui em Espanha, bem coladinhas a nós. E questionamo-nos acerca da sua necessidade, do que os Homens são capazes de criar e nas consequências que essas criações podem ter, para o bem, mas essencialmente para o mal. Sim, é uma energia limpa e, supostamente, segura que nos pode ajudar a salvar o planeta e a combater o aquecimento global. Mas, a que custo?

Relembra-nos, também, que as verdades transmitidas nem sempre são as verdades absolutas, que as mentiras estão cada vez mais disseminadas e que nem sempre é fácil distinguir o que é do que não é. Instiga-nos a não acreditar em tudo o que vemos ou ouvimos e a procurar as fontes mais fiáveis e credíveis. Numa época de fake news relembra-nos que o que nos dão a saber, nem sempre é a verdade. “Quanto custam as mentiras?” é a frase que inicia esta produção e que nos deixa a pensar no que somos e no que fazemos. Os 5 episódios já estão disponíveis na plataforma da HBO Portugal e merecem, sem sombra de dúvida, a vossa atenção!


E vocês, já viram? O que acharam? Fico à espera dos vossos comentários e, também, das vossas sugestões! 
Até amanhã***

1 comentário:

  1. Eu vi e fiquei completamente vidrada na série!
    https://jusajublog.blogspot.com/

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