terça-feira, 17 de abril de 2018

# 18 - Diário de Bordo: Estocolmo!

Olá olá olá!
Bem-vindos a mais um episódio da rubrica de viagens aqui do blog, o "Diário de Bordo". Hoje venho contar-vos a minha experiência na Suécia, mais concretamente em Mónica Gaztambide, perdão, Estocolmo (private joke para quem vê a Casa de Papel!) 😂😂

Já tínhamos planeado que iríamos viajar na Páscoa, mas ainda não sabíamos para onde. As viagens estavam caríssimas e fomos adiando, adiando, até que quase perdemos todas as esperanças. Porém, com uma pesquisa no site da Momondo por "Qualquer destino" podem ver o preço das viagens do vosso ponto de destino para todo o mundo! Foi assim que descobri Estocolmo. Ou melhor, eu já sabia onde ficava, mas não sabia que estava com um preço tão bom! Compramos a viagem com menos de uma semana de antecedência e pronto, lá fomos nós!

Viajamos com a TAP e foram cerca de 5h00 para chegar ao destino, com escala em Lisboa. Chegamos a Estocolmo por volta das 14h00 e o objetivo era pousar as malas no hotel e dar uma volta pela cidade, para perceber mais ou menos onde se localizavam as coisas que queríamos ver. Há um comboio, super rápido (20 min), que faz aeroporto/centro da cidade, chamado Arlanda Express. Comprem os bilhetes online, podem arranjar boas promoções. A nós ficou-nos a metade do preço! 

Ficámos alojados num hotel super fofinho, chamado August Strindberg Hotell, a 10 minutos a pé da estação de comboios e a 5 minutos de uma das ruas principais da cidade, Drottninggatan. É a nossa Santa Catarina, com muitas lojinhas, cafés e restaurantes, sempre cheia de turistas a passear e a fazer compras. É difícil para um português fazer compras na Suécia porque é tudo muuuuuito caro, pelo menos em comparação com o que se gasta aqui. Para verem, acho que nunca pagamos menos de € 20,00 por pessoa para comer, mesmo quando comemos num café... Não é fácil... Ainda bem que o hotel tinha pequeno-almoço (e que bom pequeno-almoço!) porque assim permitiu-nos poupar um pouco. Era muito, muito bom, cheio de coisas biológicas, pão, crepes e waffles feitos pelos donos do hotel na hora, quentinhos e cheirosinhos... humm, maravilha!

Bem, não íamos com grandes expectativas para Estocolmo, nem sequer tínhamos tido muito tempo para planear as coisas. Por isso foi fantástico quando chegamos à parte histórica da cidade e ficamos de boca aberta com a sua beleza. Estocolmo é lindo! Estava um frio desgraçado, mas o céu azul fazia-nos esquecê-lo um pouco (e estava um calor imenso em cada sítio fechado, como o hotel ou os cafés). Percebemos que compensava imenso comprar o Stockholm Pass, um passe que nos permitia entrar de forma gratuita em quase todos os museus, andar nos autocarros Hop-on Hop-off e fazer uma viagem de barco pelos canais. Apesar de ser caro, ficava mais barato do que comprar bilhetes individualmente para cada atração. E assim acabamos por ver mais coisas porque "já que está incluído"...

O resto do dia passou rápido e acabamos a jantar num bar de desporto, cheio de fotografias do Ronaldo e do Ibrahimovic, a famosa "Toast Skagen": uma fatia de pão, com camarão e maionese de limão. Há várias versões, mais ou menos sofisticadas, algumas levam caviar, mas a que comi não tinha (acho eu)! Era muito boa, mas um pouco enjoativa. De qualquer forma, recomendo!

Começamos o segundo dia bem cedo para aproveitar tudo, dado que às 17h/18h já está muita coisa fechada e fica muito frio, por isso as pessoas refugiam-se dentro das casas e dos estabelecimentos. Fomos conhecer a City Hall (a nossa Câmara Municipal), um dos edifícios mais emblemáticos da cidade. Fica na ponta oriental da ilha de Kungsholmen e é onde se realiza o banquete do Prémio Nobel. Não visitamos o interior, mas o exterior já é espetacular. Tem jardins à volta e o autocarro pára mesmo à porta. Foi aí que me apercebi de algo fantástico: tinha parado num café na Drottninggatan e deixado lá a minha carteira. Tinha pouca coisa, só todos os meus documentos, cerca de € 100,00 em coroas suecas, 2 Stockholm Pass no valor de € 80,00 cada um... nada de mais! Voltei rapidamente para trás (já tinha passado uma boa meia hora) e quando cheguei ao café a carteira estava exatamente no mesmo sítio onde a deixei! Ninguém tocou, sequer, nela. Nada. Só mesmo na Suécia...

Daí seguimos para Gamla Stan, a parte histórica da cidade. Lá encontramos ruelas empedradas repletas de lojinhas de artesanato, souvenirs, cafés e restaurantes giríssimos, um cheiro maravilhoso a canela e chocolate no ar. Também é aí que se situa o Parlamento, o Palácio Real, a Catedral de São Nicolau (onde têm lugar as celebrações reais), o Museu do Nobel e a praça Stortorget. Almoçamos por aí num cafezinho muuuito giro (Café Schweizer) uma espécie de lasanha de batata e salmão, deliciosa! E o sumo de laranja natural era divinal! Bastante caro, mas muito bom!

À tarde visitamos o Palácio Real e o Tesouro (com as jóias e as coroas). Depois fomos fazer a viagem de barco pelo canais. Lá dentro estava tão quentinho! Infelizmente, como o lago estava gelado, não conseguimos fazer o percurso maior, mas já foi super giro. Quando saímos ainda conseguimos apanhar o Museu Nobel aberto e descobrimos por lá o nosso Saramago! Assistimos a uma free tour e foi bastante mais giro do que esperava. 

Em seguida, fomos lanchar, o que os suecos chamam de "fika": um café e um bolo. Os rolos de canela (daqueles que há no IKEA, sabem?) são deliciosos! Para terminar o dia fomos ao Museu da Fotografia. Para lá chegar atravessamos o Slussen, uma estrutura central que liga Gamla Stan a Södermalm e divide o lago Mälaren e o Mar Báltico (eles têm uma cena com o Slussen...). No museu tinha várias exposições, todas espetaculares! Quando estávamos a terminar a visita disparou o alarme de incêndio e toda a gente se dirigiu calmamente para a saída. Se fosse em Portugal, ou não saía ninguém, ou saía tudo a correr, ou iam para mais perto para poder ver o que se estava a passar... Mais uma vez, só na Suécia. Mas não se passou nada, os bombeiros chegaram em 2 min e não houve fogo para apagar...

À noite seguimos para o SoFo (que significa "South of Folkungagatan", localizado em Södermalm), uma zona mais recente da cidade, afastada do centro, onde se juntam criativos na área da publicidade, design, moda, arte e música. Vá, é a zona hipster da cidade. Jantamos por lá, num bar muito muito fixe, chamado Urban Deli: juntava um supermercado, um bar e um restaurante num só espaço. Muito a cara de Estocolmo! Jantei um estufado de marisco, maravilhoso!

Ao regressar a casa, apesar de se fazer o caminho bem a pé, decidimos apanhar o metro, porque tínhamos visto que as estações eram espetaculares e devíamos ir lá vê-las. Como era tarde, estavam praticamente vazias e pudemos admirá-las convenientemente. Vejam nas fotos em baixo o quão fixe elas eram!

O dia seguinte estava reservado para os Museus, com uma paragem inicial na Catedral de São Nicolau. Escolhemos bem porque o dia estava um pouco mais nublado e, por isso, era mais agradável estar num local fechado. Apanhamos o autocarro e saímos em Djurgarden, a ilha dos museus de Estocolmo. O primeiro museu que visitamos foi o Vasa, o mais visitado da cidade. Chama-se assim porque alberga um navio de guerra do século XVII com o mesmo nome, que tem 95% do casco original, devidamente preservado. Naufragou 20 minutos depois de ter começado a navegar 😂 É espetacular ver um navio enorme daqueles, praticamente intacto. É super engraçado e os miúdos devem adorar. Também apanhamos uma free tour e ficamos a conhecer um pouco mais da sua história. 

Há muitos museus na ilha, mas tínhamos que fazer uma escolha, por isso seguimos para o Skansen, o museu ao ar livre. Tem como objectivo mostrar o modo de vida na Suécia durante os últimos séculos. Agrupa cerca de 150 construções, desmontadas e voltadas a montar, peça a peça, no seu lugar definitivo, dando uma visão global sobre a vida na Suécia, passando pelas pobres aldeias agrícolas às ricas residências da nobreza. Como era Páscoa, os figurante representavam os festejos e as celebrações deste dia. Para além disso, tem um Jardim Zoológico, onde pudemos ver ursos, lobos, lontras, macacos, entre outros. Ah, e provamos carne de rena (nheck). 

A paragem seguinte foi no Museu dos Abba. Este não estava incluído no passe, mas não podíamos deixar de ir. E ainda bem, porque foi espetacular! Para além do óbvio, de conhecer a história de cada um dos membros e a do grupo, neste museu podem cantar as músicas numa cabine de estúdio, podem fazer um vídeo, podem dançar e cantar com hologramas, oh pá, foi genial. Diverti-me tanto, mas tanto...

À noite voltamos a Gamla Stan para jantar, comemos super bem (e pagamos ainda melhor), um prato tradicional, bife na tábua. A comida é muito boa, sempre preocupados com a saúde e as coisas saudáveis. Gostei imenso. Infelizmente estava na hora de terminar o dia e a viagem. No dia seguinte saímos logo após o pequeno- almoço só para comprar uns souvenirs e dar uma última vista de olhos pela cidade. Mas às 12h já estávamos a apanhar o Arlanda Express de volta para o aeroporto. O voo saiu um pouco atrasado, pelo que houve gente a perder a ligação para o Porto. Mas nós tínhamos comprado uma ligação para bem mais tarde e deixaram-nos antecipá-la umas 2h. Foi ótimo! 

Estocolmo é muito bonito, as pessoas são super simpáticas e prestáveis, a comida é ótima, faz-se praticamente tudo a pé apesar de estar bastante fresquinho. São um povo de mente aberta, dão muito valor às liberdades individuais, à arte, ao design, são educados e ricos 😂 
Recomendo, sem qualquer sombra de dúvida! Fiquei apaixonada! 



Toast Skagen

Estação de caminhos de ferro

City Hall

City Hall

City Hall

Parlamento

Laxpudding (a tal espécie de lasanha de batata e salmão)

Palácio Real

Guarda Real

O barco do nosso cruzeiro
 








Documentos escritos por Allbert Einstein, no Museu do Nobel

José Saramago, no Museu do Nobel

Praça Stortorget



O pôr do sol dá uma luz maravilhosa à cidade

O estufado de marisco e peixe

Estações de metro

Estações de metro

Museu Vasa

Museu Vasa

Jardim Zoológico do Museu Skansen

Museu Skansen

Museu dos Abba

Ahahahah! Genial!

As figuras de cera

O tal bife maravilhoso na tábua

Espero que tenham gostado da viagem!
Até amanhã***

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