segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Os filmes do Outono que não podes perder!

Olá olá olá!
Como correu o fim de semana? O meu foi bom, apesar da chuva! Ontem foi um dia emocionante, de estreias, quer do novo Presidente da Câmara do Porto quer do Secret Story. Não podia pedir mais...! =)
Se mais alguém dizia que não conseguia ter um relacionamento sério, eu atirava-me da varanda...
Mas deixemos isto para outros meios e vamos falar de algo mais importante: cinema! Adoro ir ao cinema e tenho falhado. Mas pretendo inverter essa tendência agora que a chuva começou a cair. Por isso deixo-vos com as estreias mais aguardadas da estação, que não poderão perder:



“DIANA” – 26 de setembro de 2013
A crítica não tem sido particularmente simpática com o biopic de Oliver Hirschbiegel sobre a eterna figura da “Princesa do Povo”. Sendo, por natureza, especulativo e demasiado sentimental, “Diana” não se debruça suficientemente sobre a complexidade da Princesa ou sobre as suas contradições, oferecendo por isso um retrato algo estéril mas bem-intencionado que será sempre - não obstante o desperdício de potencial narrativo – uma recomendação cuidadosa para os seus admiradores.



“RUSH – DUELO DE RIVAIS” – 3 de outubro de 2013
E verdade que a carreira dos chamados “filmes desportivos” não é das mais famosas, mas 2013 abre alas a Ron Howard para ajudar a reformular esse pressuposto. De regresso aos gloriosos anos 70, “Rush – Duelo de Rivais” foca-se na rivalidade histórica entre o playboy James Hunt e o seu metódico adversário Niki Lauda, dentro e fora das corridas de Fórmula Um. É o pacote completo made in Hollywood: a ação entusiasmante e a energia eletrizante mesclam-se com um argumento económico e sóbrio que muito acrescenta a este bem polido e oleado character study que promete ter algo a dizer na próxima Awards Season.


“DON JON” – 10 de outubro de 2013
Um Don Juan contemporâneo viciado em pornografia que objetiva tudo na sua vida - especialmente as mulheres -, e uma mulher bonita e inteligente, (que cresceu alimentada pelos filmes românticos de Hollywood e que espera a chegada do seu Príncipe Encantado) lutam contra uma cultura mediática de expetativas falsas, para encontrar a verdadeira intimidade, nesta comédia inesperada escrita, realizada e protagonizada por Joseph Gordon-Levitt. Junkie confesso das maravilhas da indústria e dedicada abelha trabalhadora em prol de todos os meios que são veículos para contar uma história, Gordon-Levitt tem uma estreia promissora com uma comédia-dramática confiante, corajosa e divertida que prevê um espaço cativo nas listas das mais agradáveis surpresas do ano.

“GRAVIDADE” – 10 de outubro de 2013
Provavelmente, já ouviu falar do novo filme de Alfonso Cuarón, mas se por alguma razão estava alheio ao fenómeno, isso está prestes a mudar. Depois de passar pelos festivais de Telluride e Veneza, o filme protagonizado por George Clooney e Sandra Bullock tem uma nota média entre a crítica de 96% e a promessa da parte de quem já viu de que se torna um definitivo acompanhante de clássicos do Espaço como “2001: Odisseia no Espaço”, de Kubrick, e “Solaris” de Tarkovsky

 “O QUINTO PODER” – 17 de outubro de 2013
Depois de David Fincher ter mergulhado na história do Facebook para galvanizar a indústria cinematográfica em 2010 com “A Rede Social”, o novo filme de Bill Condon tenta dar continuidade a essa exploração cinematográfica ao atacar as areias movediças do escândalo do Wikileaks e do seu carismático líder, Julian Assange, interpretado por Benedict Cumberbatch. O poder da informação e a forma como esta é transmitida sob o olhar do microscópio. E este é mesmo um terreno traiçoeiro: antes de o filme estrear, o Wikileaks chegou mesmo a publicar uma das últimas versões do argumento, anexando-lhe uma reflexão que encerra várias críticas ao filme de Condon, destacando-o sobretudo como “irresponsável, contraproducente e prejudicial”. E não há melhor receita do que uma picante polémica para levar o mundo às salas…

“RAPTADAS” – 17 de outubro de 2013
Com a ferocidade quase anual de Wolverine e o fôlego interminável de Jean Valjean, é quase perdoável esquecer que Hugh Jackman é capaz de mais, muito mais, quando tem à sua disposição um bom drama para abocanhar sem se preocupar com a afinação das suas oitavas. Quase. Em “Raptadas”, Jackman quer provar que é uma das últimas verdadeiras e completas estrelas de Hollywood, com uma interpretação impetuosa e cativante de um homem obcecado em encontrar o responsável pelo rapto da sua filha. Com Jake Gyllenhaal, Paul Dano, Viola Davis, Melissa Leo e Terrence Howard a fechar o elenco, “Raptadas” promete oferecer uma experiência tensa e poderosa na senda de “Os Sete Pecados Mortais”, de David Fincher.


“CAPITÃO PHILLIPS” – 24 de outubro de 2013
Se achava que piratas só combinava com Cinema no imaginário infestado de rum de Jack Sparrow, muito se engana. Em 2013, Tom Hanks vê-se a braços com a bem mais real ameaça dos piratas somalis no novo filme de Paul Greengrass, inspirado na história verídica do sequestro do cargueiro norte-americano Maersk-Alabama em 2009. O risco de recair num retrato simplista sobre um conflito complexo – um pouco como acontece sempre que é lançado um filme sobre alguma forma de terrorismo – está presente, mas Greengrass assegura uma abordagem com nuances que prometem respeitar as duas faces da moeda.


“FUGA” – 24 de outubro de 2013
“Histórias de Caçadeira” e “Procurem Abrigo” são dois títulos que qualquer cineasta gostava de ter no seu currículo. Ambos foram escritos e realizados por Jeff Nichols e foram também os seus primeiros passos numa indústria que nasceu para possuir. “Fuga” é apenas a sua terceira longa-metragem e mais um confiante passo para o futuro. Sentindo-se como uma adaptação de um romance de raízes bem estabelecidas no solo americano – mesmo sendo uma criação original do realizador – “Fuga” é um conto imperdível sobre o crescimento e o significado do amor, com interpretações irrepreensíveis de Matthew McConaughey e do jovem Tye Sheridan.

“CARRIE” – 31 de outubro de 2013
É sempre difícil encabeçar um remake, mas essa pode ser uma tarefa especialmente dolorosa quando se trata de um clássico de culto. O original de 1976 de Brian De Palma não precisava de uma reimaginação para o séc. XXI, mas ainda assim, ganhou uma. Apesar de lhe faltarem algumas características físicas que tornavam Carrie no autêntico patinho feio do secundário, Chloe Grace Moretz é uma das grandes promessas do Cinema norte-americano e, tendo em conta que Julianne Moore é a sua mãe, não há, para já, grande coisa de que nos possamos queixar. “Vão todos rir-se de ti!”, diz, a certa altura a mãe de Carrie. Esperemos que não seja o caso, para o filme de Kimberly Peirce.

“O LOBO DE WALL STREET” – 14 de novembro de 2013
A internet não é propriamente uma flor de estufa, mas há determinados acontecimentos que a deixam à beira de uma quebra irreparável – um desses magnificentes eventos foi o explosivo lançamento do trailer de “O Lobo de Wall Street”. A comédia negra é uma oportunidade para Martin Scorsese voltar a focar-se num protagonista desviante apenas para exaltar uma mensagem que, claramente, é adereçada à putrefação em todos nós, com a simpática cortesia de um brutal murro no estômago auxiliado por duas performances (aparentemente) irresistíveis de Leonardo DiCaprio e Matthew McConaughey. Senhoras e senhores, vós já tínheis a nossa curiosidade e atenção… mas agora têm também o nosso dinheiro para reservar o bilhete. Duas vezes.

“O CONSELHEIRO” – 21 de novembro de 2013
Da última vez que Javier Bardem se cruzou com um enredo saído da mente de Cormac McCarthy, não só tivemos um dos melhores filmes da década como também um dos vilões mais memoráveis… com um penteado esquisito. Depois de emprestar o seu “Este País Não é para Velhos” para adaptação, McCarthy escreve o seu primeiro argumento original – cru, mas apimentado por uma oferta irresistível de sensualidade, intensidade e violência -, volta a brincar com os cabelos de Bardem, pede auxílio ao mestre Ridley Scott para realizar e ainda fortalece o elenco com “pobres desconhecidos” como Brad Pitt, Penélope Cruz, Michael Fassbender e Cameron Diaz. “O Conselheiro”, you had us atpenteado esquisito.

“THE HUNGER GAMES: EM CHAMAS” – 28 de novembro de 2013
A it-girl das salas de Cinema está de volta ao papel que a catapultou para os holofotes do mundo na adaptação do segundo livro da trilogia de Suzanne Collins – “The Hunger Games”. Expandindo a história do universo distópico e ditatorial retratados no primeiro filme, desta vez encontramos Katniss no meio de uma rebelião prestes a acontecer. Além do óbvio desejo de continuar a seguir as desventuras desta Lara Croft de arco e flecha sem alguma da vergonha normalmente associada a filmes teen (afinal, The Hunger Games lida com temas tão sérios como a brutalidade da guerra, a realidade da geração “reality show” e a dessensibilização generalizada) acrescenta-se ainda a novidade de um novo realizador - Francis Lawrence - e um elenco a acompanhar Jennifer Lawrence ainda mais impressionante, com Phillip Seymour Hoffman, Sam Clafin, Jena Malone e Jeffrey Wright. Happy Hunger Games, and may the odds be ever in your favor.

“O HOBBIT: A DESOLAÇÃO DE SMAUG” – 12 de dezembro de 2013
Apesar do primeiro filme da nova saga não ter o sucesso retumbante que se esperava, o nome de Peter Jackson não precisa de parcas palavras para se fazer vender. Ainda assim não nos coibimos de referir que a segunda de três partes de “O Hobbit” – também no formato inovador de 48 frames/segundo - valerá especialmente a pena por encapsular a peculiar colaboração de Benedict Cumberbatch na voz do temível dragão Smaug.

“DALLAS BUYERS CLUB” – 12 de dezembro de 2013
Matthew McConaughey foi um dia o sinónimo de paródia – uma amostra de ator sempre disponível a mostrar o impecável six-pack em produções de qualidade duvidosa. Por golpe do destino ou do próprio ator texano, os últimos dois anos viraram o plano de jogo e a piada, essa passou a estar do nosso lado. Com papéis desafiantes uns atrás dos outros, McConaughey fecha o seu ano renascentista com a sua mais brutal transformação de sempre, onde interpreta um homem que descobre estar infetado com o vírus da SIDA e que procura oferecer aos outros doentes alternativas de tratamento a que todos possam ter acesso, numa performance que promete ter algo a dizer quando for aberto o circuito de prémios da indústria.

“INSIDE LLEWYN DAVIS” – 19 de dezembro de 2013
É difícil encontrar um cineasta cuja carreira seja apenas povoada por sucessos – maiores ou menores – e cujo estilo inconfundível baste para nos levar à sala sem mais palavras. Curiosamente, é fácil se pensarmos num número par. Três anos depois de ressuscitarem o western histórico protagonizado por John Wayne (“Indomável”), os irmãos Coen preparam-se para partilhar o seu olhar sobre a cena folk no início dos anos 60. Saída do Festival de Cannes desde ano com o Grande Prémio – apenas atrás da Palma de Ouro de “La Vie d’Adèle” – esta carta de amor à Música e ao processo criativo protagonizada por Oscar Isaac conta ainda no elenco com Carey Mulligan, Justin Timberlake e John Goodman.

“OLDBOY” – 19 de dezembro de 2013
Para quem assistiu com inquietude e pasmo à adaptação retorcida de Chan-wook Park da Manga homónima, não só vê a americanização da mesma com receio mas também com algum preconceito decorrente da sua possível inutilidade. Todavia, vale a pena recordar que é Spike Lee que está a frente do remake, e que a sua metodologia e abordagem poderão acrescentar algo mais a esta poderosa ode à vingança.
Não percam, num cinema perto de vocês =)
Até amanhã***
*texto retirado do site da Vogue.pt

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