Olá malta!
Vamos até Itália, hoje. Que tal? Nada mal, não é verdade? É pena que é só na nossa imaginação e nas recordações que tenho e que venho partilhar convosco, mas já é melhor que nada! O destino do nosso Diário de Bordo desta terça-feira é... Bolonha!
Saímos da lindíssima Verona em direção à cidade com a massa mais famosa do Mundo (se bem que lá chama-se "Ragu" e não à bolonhesa). E que boa que ela era! Mal lá chegamos fomos logo almoçar que a fome era negra, num restaurante muito típico perto do centro histórico. Era dia 31 e íamos passar aí a meia-noite.
Com as forças já restabelecidas, rumamos à praça principal, a Piazza Maggiore. A caminho, mesmo antes de entrarmos, encontramos a Fonte do Neptuno, na praça com o mesmo nome. Ora, não só o senhor está nuzinho da silva, o que já não surpreende, como as senhoras que estão ao seu redor, também elas desnudadas, deitam água pelas mamocas! É bem atrevidota essa fonte. E ainda há uma lenda engraçada: diz-se que a Igreja mandou o escultor diminuir o tamanho da pilinha do Neptuno porque estava muito avantajado. Ele ficou chateado, mas cumpriu a ordem. Só que há um ângulo lateral em que o dedo da mão direita, que está esticado, faz com que pareça que o Neptuno tem uma grande ereção! E, segundo reza a lenda, não ficou assim sem querer...
A Piazza Maggiore é o coração da cidade. Local onde os estudantes sempre se juntaram para conviver e discutir. Tudo acontece à volta desta praça: é lá que encontram as melhores lojas, restaurantes, bares, galerias, tudo um pouco. É, sem dúvida, o lugar ideal para começar a conhecer Bolonha.
Mesmo na praça encontram a Basílica de São Petrónio, que começou a ser construída com o intuito de se tornar na maior do Mundo (o que acabou por não acontecer). A Basílica tem uma fachada muito estranha, porque, na verdade, está inacabada. Ela começou a ser construída em 1390 e foi interrompida em 1663. A parte de baixo é de mármore branco e rosa e a parte superior é construída em tijolos. Super estranha! Dentro da igreja encontram o maior meridiano do mundo, com 66,8 metros de comprimento e mede o equivalente a 0,0006 partes da circunferência terrestre.
A praça é, ainda, rodeada por 3 palácios: o Palazzo del Podestà, o Palazzo Re Enzo e o Palazzo d’Accursio, onde encontram um centro de informações, uma biblioteca, escavações arqueológicas, muita coisa para visitar.
Outro dos pontos altos da cidade são as chamadas Torres de Bolonha: a Asinelli e a Garisenda. A primeira é a mais alta das duas. Tem 97 metros de altura e é considerada a torre inclinada mais alta de Itália (e não a de Pisa). Sobreviveu a dois incêndios e à Segunda Guerra Mundial. Hoje em dia é possível subir a sua escadaria interior até ao topo, cerca de 500 degraus. A segunda, mesmo ao lado, tem atualmente 48 metros (já teve 60) e fica um bocadinho ofuscada pela irmã. São um marco da cidade e uma visita imperdível.
Como era dia 31 de dezembro estava muita coisa fechada, mas ainda conseguimos ver o Archiginnasio (por fora), que foi um dia o prédio principal da Universidade de Bolonha e agora abriga o famoso Teatro Anatómico. Este prédio fantástico foi criado no século XVI e está localizado na Piazza Galvani.
Passamos, também, na Basílica de São Domingos, sede principal da ordem dos dominicanos. Lá dentro encontram-se os restos mortais de São Domingos, numa arca decorada com os maiores episódios da vida do santo. Diz-se que Miguel Ângelo é o responsável por algumas das pequenas estátuas que rodeiam o túmulo.
Como era noite de passagem de ano, no centro da Piazza Maggiore encontrava-se uma instalação chamada Vecchione, a Fogueira do Velho: um grande boneco é colocado na praça a simbolizar o ano velho. Ao longo do tempo em que ele lá está, as pessoas vão escrevendo mensagens e coisas que querem deixar para trás no ano que vai embora e essas mensagens são colocadas no Vecchione. À meia noite do dia 31 de dezembro, quando surgem as 12 badaladas, o Velho é queimado e dá-se as boas vindas ao novo ano.
É uma tradição gira, que não conhecia e que gostei bastante de ver. Na praça havia também um DJ, a passar música durante toda a noite, e espetáculos de luzes e projeções. Não fosse o frio de rachar e até se estava muito bem na rua. Foi uma noite muito animada e uma passagem de ano diferente, mas que gostámos muito.
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Fonte do Neptuno |
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Palazzo d’Accursio |
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Palazzo del Podestà na Piazza Maggiore |
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Palazzo d’Accursio na Piazza Maggiore |
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Palazzo d’Accursio na Piazza Maggiore |
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Pormenor de um dos edifícios |
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Palazzo del Podestà na Piazza Maggiore |
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Basílica de São Petrónio |
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Basílica de São Petrónio |
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Archiginnasio |
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Archiginnasio |
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Archiginnasio |
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Basílica de São Domingos |
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Basílica de São Domingos |
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As duas Torres: a Asinelli (maior) e a Garisenda (mais pequena) |
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Palazzo della Mercanzia |
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Vecchione de 2019 |
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Projeções na Basílica de São Petrónio na noite da passagem de ano |
Bolonha é uma cidadezinha medieval muito engraçada, com um espírito giro e ótima comida. Como sempre e especialmente nesta viagem, fiquei com pena de não tido mais tempo para ver mais coisas, mas o que vi gostei muito!
Espero que tenham gostado da viagem!
Até amanhã***
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