segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

# 16 - Séries: Soundtrack

Bom dia malta!
Espero que tenham tido um bom fim de semana e aproveitado para descansar e passear e fazer todas aquelas coisas boas com a nossa família e os nossos amigos quando não estamos a trabalhar. Hoje venho-vos falar de séries (já não o fazia há algum tempo), mais concretamente de uma das novidades da Netflix para 2020. Chama-se Soundtrack e, basicamente, é uma série musical, com momentos de dança e interpretação de músicas bem conhecidas. É o equivalente a ver a nossa vida, mas com uma banda sonora por trás. Como seria se, efetivamente, isso acontecesse?


A série passa-se em Los Angeles e conta a história, essencialmente, de três personagens principais: Sam (Paul James), Nellie (Carllie Hernandez) e Joanna (Jenna Dewan). Mas também vão ficar a conhecer a vida dos seus familiares e amigos. Logo no início de cada episódio são anunciadas as duas personagens de que se vai falar e termina sempre com a junção das histórias num mash up musical. 

Sam é um pai viúvo que toma conta do seu filho, Barry, e tenta proporcionar-lhe o melhor. Para isso, apesar de ter formação superior em música e adorar compor, tem que deixar de lado os seus sonhos: multiplica os empregos, anda sempre a correr de um lado para o outro e precisa da ajuda da sua família para conseguir dar ao seu filho uma boa vida. Abandona a sua casa nos subúrbios e vai viver para junto da tia Anette (Marianne Jean-Baptiste) e dos primos, numa zona bem mais desfavorecida e perigosa.

Se, por um lado é essencial ficar ali porque a renda é barata e tem quem o ajude a cuidar de Barry, por outro este tem acesso a outras realidades menos simpáticas, como os gangues, as drogas, as armas e os criminosos em geral. A família tenta ajudar mas, muitas das vezes, acaba fazendo pior e Sam acaba com o equivalente à Segurança Social e à CPCJ à perna. 

Outra das protagonistas é Nellie, uma jovem que adora desenhar e quer fazer disso profissão, mas o Mundo não a ajuda a concretizar esse sonho. Apesar de ter uma família com muito dinheiro, graças à carreira de atriz da sua mãe, ela é proporcionalmente disfuncional: os pais estão divorciados, a mãe nunca foi muito presente, o pai tem problemas de dinheiro e acabou cometendo alguns crimes de colarinho branco pelo caminho, bem como várias traições com mulheres diferentes.

Vive dividida entre os dois mundos, entre a vontade de perseguir os seus sonhos e não desiludir ninguém pelo caminho, sempre preocupada com as necessidades dos outros, esquecendo as suas. Angustiada pelas incertezas do que fazer com a sua carreira, Nellie fica com o coração partido e isso faz com que dê uma volta significativa à sua vida.

A terceira grande personagem da série é Joanna, que queria ser bailarina, mas, ao mesmo tempo, era fã de ciência sociais. Após inúmeras tentativas no mundo do espetáculo, sem sucesso, Joanna dedica-se à sua outra paixão e transforma-se numa assistente social. A parte preferida do seu trabalho é unir as famílias e proporcionar-lhes todas as condições para que sejam felizes e unidas.

A vida das três personagens principais e das secundárias acaba por se interligar ao longo da série, que decorre em duas linhas temporais diferentes (o que não é imediatamente percetível, mas quando chegam lá é um twist muito engraçado). Tem romance, drama, cenas com muita piada e, essencialmente, muita música.

Vimos a série sempre com o shazam ligado para ir descobrindo as músicas que compõem aquela banda sonora e encontram um bocadinho de tudo: pop, country, R&B, clássicos, alternativa... as letras das músicas encaixam na perfeição nas cenas em que são introduzidas e ajudam-nos a perceber as emoções de cada personagem. Já agora, os atores não cantam, as músicas que ouvem são os originais, nas vozes originais, por isso não há forma de errar,

É, essencialmente, um drama-romântico-musical muito bem conseguido. Não é óbvio, é uma interpretação moderna dos musicais e conta com grandes interpretações (apesar de haver um outra mais fraquinha, a generalidade é ótima). Desperta no espectador diversos sentimentos: ansiedade, suspense, esperança e tristeza. Gostei, especialmente, de algumas das histórias laterais, das personagens secundárias, como a do primo Dante, um ex-condenado que luta para voltar à sociedade e emendar os erros que cometeu e de todas as dificuldade que encontrou pelo caminho. 

Não é uma série extremamente complexa que vos faz pensar, é uma história simples que vos faz sentir. Se estão a pensar vê-la não pesquisem muito porque vão acabar por encontrar spoilers com muita facilidade. E é muito giro ir conhecendo as personagens à medida que elas nos são apresentadas e como se relacionam com as que já conhecemos. Por isso mesmo, hoje não vos vou deixar o trailer e espero que não o vejam 😉

Gostei muito desta série, apesar de não ser a maior fã de sempre de musicais. Está mesmo muito bem feita e é ótima para as românticas que gostam de verter uma lágrima e de se emocionar com as histórias. Adorei as reviravoltas inesperadas, os  twists, os finais surpreendentes e o facto de, na verdade, nada ser bem como se espera e de haver sempre algo que faz com que a nossa vida não seja perfeita como gostaríamos. 

Recomendo muuuuito mesmo, fiquei logo colada e espero que haja uma segunda temporada! Depois digam-se se gostaram!
Até amanhã***

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