sexta-feira, 13 de setembro de 2019

# 38 - Diário de Bordo: Pamukkale

Bom dia e boa sexta!

Terminamos a semana com mais um destino turco destas férias, que já devem ter ouvido falar e certamente já viram uma ou outra fotografia: Pamukkale.


"Ir de Oludeniz para Pamukkale não se revelou uma tarefa fácil. Não havia autocarros, nem comboios, nem aviões. Por isso decidimos alugar um carro. Saímos de Oludeniz num táxi até ao centro de Fethiye, a cidade mais próxima, e aí alugamos um carro (já tínhamos feito a reserva pela net). Tínhamos malas tão grandes e havia tão pouca gente a fazê-lo que nos arranjaram um carro umas 3 gamas acima, com grande mala para acondicionar tudo. Perfeito!

O destino ficava a cerca de 300km, o que significava uma viagem de 3h, mais ou menos. Tínhamos reservado um hotel meeeesmo perto do Parque Natural e íamos só lá passar uma noite. A viagem de carro fez-se bem porque não havia muita gente na estrada, mas a chegar ao destino, quando o trânsito se intensificou, percebemos que os turcos são LOUCOS a conduzir... Felizmente tudo correu pelo melhor e chegamos ao hotel sãos e salvos. Fomos jantar e dormir que, no dia seguinte, queríamos estar às 8h (hora de abertura) na entrada do parque.

Pamukkale é uma vilazinha minúscula, com pouco ou nada para fazer, com exceção do já falado parque natural. Não sei se vale muito a pena ficar lá, os hotéis não são muito bons. Mas isso permitiu-nos ser das 10 primeiras pessoas a entrar no parque (que custa cerca de € 10,00). Para quem quer tirar boas fotos e aproveitar aquilo sem a loucura geral de centenas de turistas, é sempre uma boa opção.

Como chegamos a pé da vila e tínhamos que sair pelo mesmo sítio para ir buscar o carro, começamos a nossa aventura no parque com uma subida da montanha que mais parece de algodão. Logo à chegada temos que nos descalçar e permanecer assim enquanto estivermos em cima do "castelo de algodão". Como podem imaginar, aquilo não é mesmo algodão. É calcário. E magoa um bocado nos pés. Bastante até. Mas vale bem a pena.

Na verdade, as piscinas que vêem são artificiais. Ou seja, foram feitas de forma semelhante às verdadeiras (que ficaram assim de forma natural) mas pelo homem. A água é a mesma, da nascente de água termal que lá existe, mas as piscinas onde as pessoas podem passar não são as verdadeiras. Essas estão inacessíveis e compreender-se porquê: à quantidade de gente que por lá passa, aquilo ia ficar destruído muito rapidamente.

O lugar é incrível e é o paraíso de qualquer Instagramer. Daí que seja mais do que comum ver raparigas de vestidos esvoaçantes e de cerimónia, totalmente desapropriados, com um fotógrafo profissional (ou quase) atrás. E ali ficam, momentos infindáveis até à foto ficar como elas querem. E, na verdade, parecem que nem prestaram atenção nenhuma ao sitio onde estão... Incrível...

Outra das atrações do parque natural é Hierapolis, uma cidade fundada no século II a.C. Hoje ela é um importante sítio arqueológico, do qual se destaca o Teatro Romano e as fontes termais. Uma das coisas imperdíveis do lugar é a chamada "Piscina da Cleópatra". Reza a lenda que o local foi construído a mando da Rainha do Egipto, que o frequentava porque acreditava no poder curativo e rejuvenescedor das suas águas. Tem uma entrada paga (outros € 10,00, mais ou menos) e uma vez entrando, se saírem, não podem entrar mais (a não ser que paguem outro bilhete).

A água está a 37 graus e tem gás. Sim, é uma piscina de água com gás. Na parte em que se tem pé, onde está a maior parte das pessoas, não se sente muito. Mas se nadarem até ao pequeno canal em que é mais funda, sentem as bolhinhas pelo corpo todo! E é espetacular!! Nunca estive num lugar parecido e gostei imenso. Ficamos umas 2 horas, sentados nas ruínas, a conversar e a aproveitar aquela água maravilhosa. Não dava vontade de vir embora... Atenção, é proibido levar protetor solar. Fomos obrigados a tomar um duche antes de entrar para o retirar, porque altera as propriedades da água.

Portanto, o nosso percurso foi: a parte das piscinas de calcário e Hierapolis antes de almoço. Depois comemos qualquer coisa nos bares que lá tem dentro e, à tarde, fomos para a piscina da Cleópatra. Para vir embora tivemos que descer novamente a montanha e com os pés doridos e uma multidão de gente ainda foi mais difícil. Mas gostei bastante do dia e não fiquei desiludida com o que encontrei. Excepto o facto das piscinas naturais mais famosas estarem sem água. Mas só isso.

No final do dia voltamos a pegar no carro e conduzimos até Denizli, a cidade mais próxima. Dormimos lá e no dia seguinte fomos apanhar o avião de volta a Istambul, deixando o carro no aeroporto. Não conhecemos nada da cidade, apenas um restaurante bastante agradável, talvez um dos melhores a que fomos. Chamava-se Miske e a comida era deliciosa!!

A grande aventura em terra turcas está quase a acabar, mas ainda falta o que de Istambul ficou por ver."

Deixo-vos com algumas fotos deste sítio incrível!

Na entrada do Parque

O Castelo de Aldogão

Estas são as piscinas naturais, inacessíveis ao público

O chão era rugoso, parecia escorregadio, mas não era!

Na montanha branca

Estas são as piscinas artificiais, apesar da água ser a mesma das naturais




Estas também são naturais

Teatro Romano

Hierapolis

Hierapolis

Hierapolis

Piscina da Cleópatra

Piscina da Cleópatra

O jantar, no tal restaurante Miske!

para a semana terminámos as férias, tal como começamos: em Istambul. Não percam! 
Bom fim de semana e até segunda***

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