sexta-feira, 16 de setembro de 2016

#1 - Diário de Bordo: Atenas (dias 1 e 2)

Bom dia e boa sexta!
Porque quero acabar a semana em grande, hoje inicio o meu "Diário de Bordo", onde vos contarei as aventuras e desventuras das minhas viagens. Começando, obviamente, pelo princípio, o destino de hoje é... Atenas! Foi por aí que começaram as minhas férias e é por aí que vou iniciar este percurso convosco. Espero que gostem!

"Era dia 15 de Agosto. O voo para Atenas partia de Lisboa às 00:30, mais coisa menos coisa. Apanhamos o comboio do Porto (arranjamos uma boa promoção, porque compramos com bastante antecedência, e o que normalmente fica por €55 ficou por €35!) e chegamos à capital ainda a tempo de dar um passeio pelo Parque das Nações. Fomos para o aeroporto com bastante antecedência, mas também não tínhamos grande coisa a fazer e as malas estavam carregadinhas... O check-in abriu uma hora depois do indicado, que grande seca que apanhamos... E surpresa a nossa: quando íamos jantar, os restaurantes do aeroporto fecharam todos! Lá tivemos que nos contentar com umas coisadas compradas na "Duty free"...

O voo para Atenas demorou 4h. Chegamos lá bem cedo (6h30 por causa da diferença horária), recolhemos as malas e fizemo-nos ao caminho. O nosso hotel ficava perto da Praça Omonia, um lugar não muito recomendável. Tinha gente com um aspeto muito duvidoso, as ruas estavam cheias de lixo e os edifício degradados. Rapidamente percebi que, afinal, não era só Omonia. Toda a cidade de Atenas, com exceção das zonas centrais e históricas, é feia, suja, está completamente abandonada, degradada, mal cheirosa. Há avenidas inteiras de lojas que, pura e simplesmente, fecharam as portas num dia e nunca mais as abriram. Há graffitis por todo o lado, em todas as paredes, portas, janelas, em tudo o que está ao alcance de um braço de altura. Chegados à Praça Sintagma começamos a perceber que há ali qualquer coisa de diferente. Está bem cuidada, limpa e bonita. Em frente temos o Parlamento Grego. É imponente. À porta temos os Evzones, os membros da Guarda Presidencial Grega que, numa espécie de vestido e socas com pompons, movimentam-se como se dançassem, para a delícia dos espectadores. 

No primeiro dia explorámos a cidade, os parques, os recantos mais giros e as ruas que devíamos evitar. Jantámos num restaurante espetacular, na zona mais bonita da cidade, o Bairro de Plaka. Ficava no cimo de umas escadas, sendo que ao longo destas outros tantos existiam, com mesas improvisadas e degraus a fazer de cadeiras. Comemos várias coisas para experimentar um pouco de tudo: folhas de videira recheadas, salada grega, queijo feta assado, mexilhões, entre outros petiscos. Falamos deste jantar até ao final das férias. Foi mesmos muito bom.

No segundo dia fomos visitar os monumentos. Comprámos um bilhete combinado que, para além da Acrópole, dá acesso a 5 sítios: à Ágora antiga, à Biblioteca de Adriano, à Ágora Romana, Kerameikos e Olympheion onde se localiza o Templo de Zeus. Não vimos tudo. Andamos imenso a pé e, como ainda não tínhamos comprado protetor solar, apanhamos um pequeno escaldão... Levem proteção e muita muita água porque Atenas é quente como tudo! A Acrópole é ridícula de tão fixe que é: o Partenon é o local de paragem obrigatória e onde sentes que fazes parte da História. Todas as regras arquitetónicas que aprendeste na escola podes ver ali: as colunas, os frisos, os frontões, as esculturas. Mas quanto a isso nada melhor do que deixar as imagens falarem por si!

À noite passeamos por Monastiraki, uma zona cheia de lojinhas e pracinhas com mercados e roupa e souvenirs e tudo e mais alguma coisa. É preciso ter algum cuidado com as mochilas porque vagueia por ali muita gente e está muita confusão, ou seja, o lugar ideal para uns mini assaltos. Sempre que dizíamos "Portugal", esperávamos ouvir "Cristiano Ronaldo!!", mas não: a reação constante foi "Fernando Santos!!". O homem deu-nos um campeonato da Europa, mas eu acho que os Gregos ainda gostam mais dele do que nós!

De uma forma geral, as pessoas são simpáticas e prestáveis mas o assédio para ficarmos neste ou naquele restaurante é constante. Os gregos são muito parecidos com os tugas, humildes, sinceros, fazem parte de um país pequeno e sabem que estão a atravessar um período terrível. Quando estamos em Atenas percebemos que, se calhar, nós não estamos assim tão mal. Aquela é uma cidade totalmente afetada pela crise, abandonada à sua sorte, sem conseguir recuperar a grandeza de outrora. É triste, é preocupante, sentes-te solidário mas só queres sair de lá porque é desconfortável e preocupante saber que, um dia, nós podemos chegar a isto. Espero que não. 

O terceiro dia amanheceu muito cedo, eram 5h da manhã quando acordamos, às 6h estávamos no metro e às 7h30 apanhámos o ferrie para Mykonos. Mas essa aventura fica para outro dia!"

Parlamento

Os Evzones

Zappeion Megaron, um palácio no Jardim Nacional onde foi assinada a entrada da Grécia na CEE

O Estádio Panathinaiko é um dos mais antigos do Mundo. É feito inteiramente em mármore. Nos Jogos Olímpicos de 2004 foi a meta da maratona masculina e feminina.

Templo de Zeus

Templo de Zeus e o Parténon ao fundo

Parténon visto do Templo de Zeus
Pormenor da coluna do Templo de Zeus

Teatro Odeão de Herodes Ático, na Acrópole

Vista da Acrópole sobre Atenas

Erectéion, templo na Acrópole onde podemos encontrar as Cariátides

Cariátides do templo de Erectéion

Pormenor das colunas do Erectéion

Friso do Parténon e parte do frontão

Vista de Atenas do Parténon

O Templo de Zeus visto da Acrópole

Parténon

Pormenor da Ágora Antiga

Ágora Romana

Teatro Dionísio na encosta da Acrópole

Acrópole, onde podemos ver, para além dos monumentos já referidos, o templo da Atena Niké (à direita na imagem) e o Propileu (as portas para a Acrópole, no centro).

Ágora Romana

Bairro de Plaka
Espero que tenham gostado e que não percam o próximo "Diário de Bordo"!
Bom fim de semana e até segunda***

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